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"É FORRÓ, XAXADO E BAIÃO
E VIVA O NOSSO SERTÃO
POR ESTA TERRA DE CABRA DA PESTE
VIVA O NOSSO AGRESTE"
                                                                                             
Bruno

      As belezas culturais do nosso interior todos já conhecem, afinal é nela que estão alguns dos nossos maiores ícones, como a feira de Caruaru, a Casa do mestre Vitalino, a Casa do Artesão (Bezerros) e o teatro de Nova Jerusalém (Brejo da Madre de Deus). O que pouca gente ainda conhece é a vocação do agreste e sertão para os esportes radicais. Rapel, trilhas e cavalgadas, são algumas opções para quem curte aventura e natureza.

       Em Bonito, com muita trilha em reservas de mata, a grande pedida é a cachoeira Véu da Noiva e o Cascading (rapel em cachoeiras) possível de ser praticado até por iniciantes. Em Gravatá, a antiga estrada de ferro, construída pelos ingleses no século XVIII, esconde a ponte Cascavel. Com 47 metros de altura a ponte é perfeita para o rapel negativo, ou seja sem apoio para os pés. É adrenalina garantida, com direito a uma vista incomparável. Ainda em Gravatá o visitante pode fazer cavalgadas que vão de meia hora a 3 horas de duração. No Brejo da Madre de Deus a dica é uma caminhada pelo Parque das Esculturas, que reúne grandes peças de pedra no meio da vegetação nativa, além de conhecer a Serra do Ponto e a Furna do estrago, local considerado um dos principais sítios arqueológicos do Brasil. A Serra Negra, em Bezerros, também é ponto obrigatório para os turistas.
     Mas o estado também tem religião e muito misticismo. Histórias passadas de geração em geração mexem com o imaginário popular, como no caso da famosa aparição de Nossa Senhora Aparecida, em Pesqueira, única aparição da Virgem na América do Sul reconhecida pelo Vaticano. Já em Buíque, especificamente no Vale do Catimbau, o visitante tem a possibilidade de vivenciar a influência dos povos ancestrais, que ocuparam a região há mais de cinco mil anos. Sítios arqueológicos preservam cemitérios pré-históricos, e as formações rochosas do local estão cravadas de inscrições rupestres, registros da ocupação primitiva no local.

   Em Garanhuns, mais conhecida como “a Cidade das Flores” ou a “Suíça Pernambucana”, o clima europeu atrai muitos turistas, especialmente no inverno, quando ocorrem diversas festas na cidade, como o Festival de Inverno de Garanhuns. A religiosidade também está presente em todos os cantos da cidade, como no Santuário Mãe Rainha, onde a paz de espírito é uma busca constante tanto por parte dos fiéis locais como dos peregrinos.

 

    Também nas outras cidades a beleza e a espiritualidade brota de cada folha de árvore, de cada peça esculpida pelos artistas. Seja pelas belezas naturais de Belo Jardim e Saloá, pelas obras dos escultores de Bom Conselho ou pelas manifestações populares em Arcoverde, o turista que visitar cada um desses cantos se sentirá mais do que recompensado por tudo aquilo que irá ver, presenciar e sentir.

     Ah, e ainda tem o cangaço! Vale lembrar que no início do século XX, bandos de cangaceiros circulavam pelas terras do Sertão despertando admiração e medo nas cidades por onde passavam. A imagem do cangaceiro ajudou a formar o imaginário popular do nordestino. Mais que isto, virou uma marca do povo sertanejo. Cidades como Serra Talhada e Triunfo, contam um pouco da história dos bandoleiros nômades, a perseguição das volantes policiais e mantém viva a memória de Virgolino Ferreira da Silva, o maior ícone do cangaço, morto em 1938.

 

Quer mais? Só vendo porquê aqui não cabe mais nada.



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