BRUNO SILVA
GUIA DE TURISMO HABILITADO NO MINISTÉRIO DO TURISMO
PERNAMBUCO, BRASIL e AMÉRICA DO SUL
ESPECIALIZADO: TURISMO RECEPTIVO, PEDAGÓGICO, HISTÓRICO, CULTURAL, ECOTURISMO e EXCURSÕES RODOVIÁRIAS
Pernambuco
" Eita passado de História....
Geograficamente, muito a ensinar!"
Pernambuco é uma das 26 unidades federativas do Brasil. Está localizado no centro-leste da região Nordeste e tem como limites os estados da Paraíba (N), do Ceará (NO), de Alagoas (SE), da Bahia (S) e do Piauí (O), além de ser banhado pelo oceano Atlântico (L). Pernambuco é um dos menores estados do país, ocupando uma área de 98.937 km² (pouco menor que a Coréia do Sul) e com uma populaçao estimada em 8.500.000 habitantes, segundo dados do IBGE. Possui paisagens variadas, entre elas serras, planaltos, brejos, semi-aridez no sertão, e diversificadas praias na costa. O estado tem altitude crescente do litoral ao sertão. Possui 187 km de costa, excluindo a costa do arquipélago de Fernando de Noronha, que também faz parte do estado. Mais da metade do seu território é localizado no Sertão, lugar onde há escassez de chuvas, o clima é semi-desértico (semi-árido), e a vegetação típica é a Caatinga. Ainda encontramos o Agreste Pernambucano, rico com sua cultura e cidades importantes como Caruaru, e a Zona da Mata, que já teve muito mais mata que hoje, sendo a área de maior densidade populacional do estado. A capital é a cidade do Recife, que tem esse nome de origem árabe arrasif, que significa estrada pavimentada.
O significado do nome Pernambuco é controverso, tendo-se apenas a certeza de que sua origem é indigena. Estudiosos afirmam que o nome, hoje já portuguezado, era a denominação local nas línguas indígenas locais, quando da época dos descobrimentos. O que é mais aceito é que seu nome provém do tupi Paranã-Puca, que significa "onde o mar se arrebenta" ou "mar furado", uma vez que a maior parte do litoral do estado é protegida por paredões de recifes de coral.
A história de Pernambuco começa com a expedição de Gaspar de Lemos, em 1501. Em 1506, Cristóvão Jacques criou uma feitoria, no local que hoje conhecemos como a cidade de Igarassu, que teria como objetivo estabelecer vínculos com os nativos, obter informações acerca das possíveis riquezas do interior e vigiar o litoral de possíveis investidas de navios de outras nações. Em 1534, o Brasil foi dividido no sistema de capitanias hereditárias e então foi criada a capitania de Pernambuco (ou Nova Lusitânia), doada a Duarte Coelho Pereira, que chegou aqui em 1535 e fundou as vilas de Igarassu e Olinda e iniciou a cultura da cana-de-açúcar.
Em 1630, a capitania foi invadida pelos holandeses, bancados pela Companhia das Índias Ocidentais, que, desembarcando na praia de Pau Amarelo, derrotou a frágil resistência portuguesa. Invadiu sem grandes contratempos Olinda que foi destruida em um grande incêndio em 1631. Maurício de Nassau ajudou a desenvolver a pequena comunidade instalada na ilha do Recife, criando a chamada cidade Maurícia, até então com poucos habitantes portugueses - com diversas obras de infra-estrutura, benefícios fiscais e empréstimos. Recife deixou de ser um simples porto da Vila de Olinda e passou, neste período, a ser considerada a mais próspera e urbanizada cidade das Américas e com a maior comunidade judaica de todo o continente, sendo construída nessa época a primeira sinagoga da América, situada na hoje conhecida Rua do Bom Jesus. A primeira ponte da América Latina também foi construída na gestão de Nassau, em 1643. Assim cresceu Recife, que depois, não ficaria mais a mercê da irmã Olinda.
Por diversos motivos, sendo um dos mais importantes a exoneração de Maurício de Nassau do governo da capitania pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, o povo de Pernambuco se rebelou contra o governo, juntando-se à fraca resistência ainda existente, num movimento denominado Insurreição Pernambucana. Com a chegada gradativa de reforços portugueses, os holandeses por fim foram expulsos em 1654, após várias batalhas, inclusive as mais famosas, as Batalhas do Guararapes, oportunidade esta que o exército brasileiro cita como berço da nacionalidade e do Exército brasileiro.
Após a expulsão holandesa, o estado passou a declinar junto com restante do Nordeste. A qualidade do açúcar refinado holandês, agora produzido nas Antilhas, superior ao mascavo brasileiro, também ajudou a acelerar a decadência do estado, que era baseado nos latifúndios de cultivo de cana-de-açúcar. Buscando novos meios de renda, aumenta a atividade comercial gradativamente na capitania. Este efeito foi estopim da revolta que ficou conhecida como a Guerra dos Mascates. Devido à transferência do centro político-econômico para o Sudeste, resultaram vários conflitos como a Revolução Pernambucana e a Confederação do Equador, movimento separatista pernambucano.
A economia pernambucana é baseada na agricultura (cana-de-açúcar, mandioca), pecuária e criações, bem como na indústria (alimentícia, química, metalúrgica, eletrônica e têxtil). Desde o início da dominação portuguesa, o estado foi basicamente agrícola, tendo destaque na produção nacional de cana-de-açúcar devido ao clima e ao solo tipo massapê. Nas últimas décadas, porém, essa quase dedicação exclusiva à produção de açúcar e álcool da cana-de-açúcar vêm terminando, perdendo espaço para a indústria, comércio e prestação de serviços no estado. Após ficar estagnada durante os anos de 1985 a 1995, a economia vem crescendo rapidamente do fim do século XX para o começo do século XXI. Estão sendo exploradas novas fontes de extrativismo , além de floricultura e o setor industrial em torno do porto de Suape, no litoral sul pernambucano. Os principais empreendimentos são dos setores alimentício, químico, materiais elétricos, comunicações, metalúrgica e minerais não-metálicos. O estaleiro Atlântico Sul, na cidade de ipojuca, zona da mata pernambucana, é o maior estaleiro construído no hemisfério sul. Também tem grande destaque internacional a produção irrigada de frutas ao longo do Rio São Francisco - quase que totalmente voltada para exportação - concentrada no município de Petrolina, no sertão do estado. O município de Gravatá no agreste pernambucano é um dos principais produtores de flores temperadas do Nordeste.
HISTÓRIA DE PERNAMBUCO
APRESENTAÇÃO DE PERNAMBUCO